As lojas de caridade neozelandesas são muito diferentes das inglesas. Para começar, as coisas que estão à venda são mais antigas. E bastante mais usadas. E algumas das peças que lá tenho encontrado foram feitas à mão.
A NZ é um país muito periférico — faz-me lembrar Portugal em tantos aspectos —, o que significa que as pessoas tiveram de tirar o maior partido dos recursos que cá havia. Em Inglaterra nota-se o consumismo e o "usar e deitar fora" em tudo, até nas lojas de caridade. Na NZ, fico com a ideia de que se dá/dava mais valor aos objectos.
(Atenção, isto não é uma crítica, apenas uma constatação. Só cá estou há três meses e é disto que me tenho apercebido.)
Vejamos o exemplo da roupa de criança. Nunca em Inglaterra encontrei peças como estas. Roupa com 30 anos no mínimo, favos feitos à mão, tudo bastante coçado, a fazer pensar que terá sido usado por irmãos, primos, conhecidos. Alguns modelos clássicos, outros terrivelmente datados. Vendidos ao preço da chuva. Pena o poliéster fazer quase sempre parte da composição dos tecidos... caso contrário, teria trazido tudo para casa. Mesmo assim, não resisti a comprar alguns vestidos...
NZ op-shops are quite different from English charity shops. For starters, here in NZ you can find much older things for sale. And what's for sale has been well-used. And some of it is handmade.
NZ is a peripheral country — it reminds me of Portugal in so many ways —, which means that people here have been forced to make the most of their resources. In England you can see the consumerism and the throw-away culture everywhere, even in charity shops. In NZ I get the feeling objects are/were more cherished.
(Please note that this isn't criticism: it's merely what I've been sensing over the last 3 months.)
Take children's clothes, for instance. I could never find items like these ones in England. Clothes that are at least 30 years old, some hand-smocked, all showing signs of having been worn by numerous siblings and cousins. Some of them have classic lines, while others are completely dated. And they're all sold so cheaply. It's a shame that polyester is usually more than half of the fabric's composition... otherwise I would have taken almost everything home. Nevertheless, I couldn't resist buying a few dresses...
(photos: Constança Cabral)
I love to hear your point of view- thanks for sharing it so gracefully.
ReplyDeletexo
I would venture this periphery also goes some way to explain the profusion of patterns you blogged about earlier. It's true that those smocked dresses -actually very classic British designs- are almost obsolete here now. I have two sons so cannot justify buying the odd one I stumble across, sadly!
ReplyDeleteThat's really interesting! I used to be able to find all sorts of old treasures in charity shops in the UK. BUT now they sort through their stuff and only seem to sell new stuff. Shame!
ReplyDeleteCarly
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Oh! que ropa tan bonita, ya va llegando la primavera...
ReplyDeleteun bsto.
interessante conhecer a cultura desse país através deste pequenos/grandes pormenores.
ReplyDeleteDresses? Are you specting again or is it "a future investment"? ;-)
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ReplyDeleteThis is an interesting observation. When I lived in New York I would buy wonderful items from thrift stores like a barely worn cashmere sweater that i still treasure. However here in New Zealand I made the transition to looking for handmade items, and my best finds are aprons and tablecloths from the 1950s or 1960s.
ReplyDeleteConstança não sei se recebeste o meu e-mail, mas gostava muito que me enviasses o padrão do cardigan azul que fizeste para o teu filho, encontro na net mas em inglês e existem termos que não conheço bem...
ReplyDeleteadriana.costeira@gmail.com
que achados incriveis!
ReplyDeleteporque é que não há lojas dessas em portugal?
Que vestidos preciosos!
ReplyDeleteSão maravilhosos. Não consigo deixar de imaginar as "histórias" por detrás destes vestidos!
(estás a pensar fazer uso deles em breve?!)
Bjinhos, Sofia